Nos cardápios que tenho proposto para pacientes que querem usar os alimentos como um dos meios de passar tranqüilamente pela menopausa, procuro, dentro de suas preferências, utilizar, equilibradamente, aqueles que tenham os nutrientes importantes para esse período. É sempre bom lembrar que alimentos fazem parte de algo maior que se chama estilo de vida.
Recentemente, descobri mais um elemento para incorporar ao arsenal de opções a oferecer. Na realidade não é algo exatamente novo, pois seu uso já se faz a milênios pela humanidade, as suas propriedades é que se tornaram conhecidas por mim há pouco tempo. Fiquei encantada com o que descobri e, certamente, se a sua opção é ter um estilo de vida que lhe possibilite desfrutá-la e passar com serenidade pelas etapas que fazem parte da vida, você ficará também.
Trata-se de uma planta, originária da África, com mais de duzentas variações. Delas, apenas quatro são utilizadas comercialmente. Uma em particular deve ser sua conhecida, pois ela é comum em nosso país. Trata-se da babosa, a Aloe Vera Barbadensis Muller.
Cleópatra, no antigo Egito, usava-a com fins cosméticos. Alexandre, o Grande conquistador de territórios, usava-a como medicamento cicatrizante e para amenizar as dores dos ferimentos de seus guerreiros.
Vamos ver o que análise dessa planta nos apresenta.
Vitaminas: A, C, D, E e vitaminas do complexo B, incluindo-se aí, numa enorme proporção, a vitamina B12. Se aos vegetarianos era informado que o reino vegetal não a dispunha em doses suficientes, a informação se fazia incorreta por desconhecimento das propriedades da Aloe.
Com relação às proteínas, há fontes que indicam que um único dos aminoácidos essenciais não aparece na análise da Aloe. Em outra, entretanto, lá estão todos eles. Esta última é uma tabela que faz um comparativo entre as percentagens de aminoácidos encontradas no gel do Aloe in natura e após um processo de liofilização. Dos 23 aminoácidos conhecidos até o momento a planta possui 20. Por ora me faltam elementos para considerar que o Aloe seja utilizado como uma importante fonte protéica. Pelo que tenho em mãos seus pontos fortes são outros.
Os minerais chamaram-me a atenção: magnésio, zinco, manganês, cálcio, sódio, potássio, cobre, ferro e cromo. Em especial pela proporção em que se apresentam e porque, alguns deles, servem ao propósito de melhorar respostas em relação à menopausa. É interessante se observar essa relação cálcio x vitamina D. Não basta que determinado alimento tenha uma boa quantidade de cálcio. É necessário que a sua absorção seja favorecida. No caso da Aloe não precisamos recorrer a nenhum complemento, já que ela possui, na sua composição a vitamina D.
Encontramos, ainda, enzimas como lípases e proteases capazes de melhorar as funções digestivas. Tem mais, mas vou parar aqui. O que posso afirmar com segurança é que, por suas características, a Aloe é uma planta que se aplica externa e internamente, com múltiplas possibilidades.