P. Gostaria de saber por que tenho várias tonteiras. Faço muito exames e dá anemia.
Tomo todos os remedios e ela vai embora mais a tonteira continua. Gostaria de perder peso estou um pouquinho a cima dele tenho 17 anos e peso 73 kg, como faço para perder rápido.
R. Encaminhamos sua msg p/nossa nutricionista. Ela é a pessoa abalizada p/lhe responder, mas vamos adiantar alguma coisa fruto de nosso conhecimento e prática:
1) a questão de suas tonteiras deve ser discutida c/seu médico já q ele tem todo seu histórico e exames. Pense, como alternativa, numa segunda opinião médica.
2) na questão anemia a nutricionista precisa saber de seu histórico e exames. Não é algo q possa ser orientado somente pelo fato de 'ter anemia'. Algumas indicações genéricas podem ser dadas com relação a absorção de ferro, mas deixaremos isso a encargo da nutricionista.
3) perder peso rapidamente é algo q não aprovamos. Será q suas tentativas nesse sentido não estarão resultando em tonteiras? A única maneira de vc ter, definitivamente, um peso adequado é a mudança de estilo de vida. Acreditar em fórmulas milagrosas é apenas aprisionar-se a um engorda e emagrece constantes com eventuais riscos à saúde. Não existe uma forma única de estilo de vida, ele deve se adaptar ao seu jeito, mas vc tb precisa compreender e aceitar q algumas coisas serão possíveis p/vc e outras não.
Para tornar mais rápida a resposta da nutricionista envie-lhe informações adicionais adiantando-se a perguntas q ela lhe fará. Diga-lhe sobre resultados de exames, avaliação de seu médico, o q vc anda fazendo para perder peso rapidamente. Vc falou em idade e peso, faltou sua altura.
P. ... fui á uma consulta com a nutriciosita... meço 1,61 e peso 100 kg...há 2 meses tive um bebê e não estou mais amamentando, pois ele faleceu...a médica passou somente uma dieta alimentar, mas eu quero tomar remédio para auxiliar juntamente com a dieta..não sou hipertensa nem tenho diabetes...qual remédio posso tomar?
R. Voce já deve ter calculado seu IMC (Indice de Massa Corporal)...
Com 1,61 de altura e pesando 100 kg, seu IMC é de 38,6 o que mostra que vc está com obesidade do II grau expondo vc ao risco severo de comorbidades (diabetes, hipertensão etc).
Como tem pouco tempo que vc teve um bebê (apenas dois meses), é possível que seu organismo ainda esteja sob os efeitos de hormônios que favorecem o acúmulo de gordura... Como vc não amamentou, o que fez para interromper a produção do leite? Fez uso de algum hormônio?
Por outro lado, vc já deve ter engravidado acima do peso, não? Seu peso ideal, desejável seria 65 kg, vc engravidou com quantos? Dê a vc mesma, um prazo de 12 meses para que o retorne do seu peso pré-gestacional, a partir daí é que sua meta de perda de peso deve ter início. Como vc já está sendo acompanhada por uma nutricionista, proponha essa meta para ela.
Comentários adicionais do vidaleve: Nossa nutricionista nada explícitou a respeito, mas notamos em suas palavras um q de ansiedade. Ao invés de remédios, q tanto a sua nutricionista como a nossa, preocupadas eticamente c/sua saúde, não os indica, sugerimos q vc busque, p/efetuar o apoio necessario, um psicólogo especialista em estresse, q não lhe passará remédios, ou um floralista, q lhe indicará florais, q não são exatamente remédios, mas elementos atuantes a nível energético q lhe propiciarão uma acomodação em seu estado emocional. A ansiedade costuma desregular nosso sistema endócrino podendo ter como consequência o aumento de peso ou a dificuldade p/reduzi-lo.
Esperamos, siceramente, q vc desista dessa procura por remédios q poderão lhe ser prejudiciais, talvez não de imediato, mas certamente a médio e longo prazo. A nossa experiência no trato c/o excesso de peso nos tem mostrado isso.
Não deixe de retornar p/nós quais suas decisões e os resultados obtidos. Na expectativa de lhe ter sido útil, nos colocamos a seu dispor p/mais esclarecimentos.
P. Tive anemia em criança e, às vezes, tenho hipoglicemia. Adulta, fui vegetariana por 3 anos e me sentia muito bem. Voltei a comer carne e a anemia voltou. Um médico me disse que pessoas que têm meu tipo sanguíneo (O-) têm que comer carne. Isso é verdade?
R. Não sou nem um pouco a favor da ‘Dieta do Tipo Sanguíneo’. Creio que para emagrecer ela funciona, até porque o que é permitido é bastante limitado. Resultado: a pessoa acaba comendo menos. Ou porque o seu tipo sanguíneo não permite determinados alimentos que são a preferência do paciente ou porque o alimento permitido é raro (no Brasil) sendo difícil de ser encontrado e muitas vezes não faz parte de seu hábito alimentar...
A ANEMIA PRECISA TER SUA CAUSA INVESTIGADA, pois ela pode existir por motivos distintos, entre eles: 1) falta de ingestão de alimentos ricos em ferro; 2) por falta de um fator intrínseco que favoreça absorção desse ferro ingerido; 3) pelo simples fato da pessoa ingerir alimentos ricos em ferro junto com substâncias que ‘roubam’ esse ferro (fibras em excesso, fitatos presentes na maioria dos chás, refrigerantes, café); 4) ausência de elementos que ajudam a absorção como a vitamina C, o ácido fólico.
No caso das hemorragias, menstruação intensa em algumas mulheres, o hematócrito fica abaixo do valor adequado etc. O hematócrito baixo ocorre quando há perda DO VOLUME DE SANGUE (hemorragias, cirurgias, acidentes etc). Neste caso a solução é a transfusão de sangue.
Chamo a atenção para a necessidade de uma investigação das causas de sua anemia, pois um simples relato como o seu não é suficiente para uma opinião adequada. O que você comia quando criança, o que passou a comer como adulta, antes, durante e depois de sua temporadas vegetariana? A causa infantil pode não ter a menor relação com a causa adulta.
Conduta para tratar a anemia:
Ingerir alimentos ricos em ferro (folhas verdes escuras que já contêm vitamina C, como a couve, a da beterraba etc), inhame, gema do ovo, o lêvedo de cerveja (que por ser rico em vitaminas do complexo B aumenta a absorção do ferro), melado ou açúcar mascavo. Quando usar a couve ou as folhas da beterraba prefira-as cruas, pois a maior parte da vitamina C se vai embora na água de seu cozimento.
Um suplemento do tipo "IBERIM FÓLICO", 01 cápsula 1 x dia.
Se a pessoa deseja comer carne, as vermelhas são as mais ricas em ferro, incluindo as vísceras. Nelas a vitamina C está ausente, logo ela terá que ser suplementada.
Suco rico em ferro:
Coloque numa centrífuga: folhas verde escuras (de beterraba, couve mineira, do brócolis etc, ficando a seu critério e gosto usar um só tipo de folha ou misturá-las), laranja a gosto. Após extrair o suco, acrescente 01 colher de chá de lêvedo de cerveja em pó e açúcar mascavo (que possui ferro e vitamina C) a gosto ou melado (suas doses de ferro e vit C são superiores às do mascavo). O açúcar refinado além de não conter esses dois componentes vai lhe ‘roubar’ nutrientes em sua metabolização. Beber diariamente um copo. Repetir o HEMOGRAMA 45 DIAS APÓS O INÍCIO DO USO DESTE SUCO.
P. É verdade que para as pessoas mais velhas o cálculo do IMC deve levar em consideração a idade?
R. A classificação do estado nutricional é diferente nas várias faixas etárias da vida. Ela vai do nascimento até os 9 anos, de 10 até 19 anos quando termina a adolescência, dos 20 até 59 anos e em cada faixa etária dessas os valores tem significados e interpretações diferentes.
Do nascimento até os 9 anos, avalia-se o peso na própria caderneta da criança onde seu estado nutricional pode ser adequado, obeso, baixo peso e muito baixo peso.
A partir dos 10 anos até os 19, o IMC é calculado usando a fórmula IMC = peso / altura ao quadrado e, a partir desse resultado, o valor encontrado é jogado dentro de uma tabela de "PERCENTIL" e, a partir dessa tabela, classifica-se o estado nutricional em baixo peso, sobrepeso, obeso.
Dos 20 aos 59 anos e 11 meses e 29 dias, o IMC é de adulto e classifica-se pela fórmula habitual em desnutrido, peso adequado, sobrepeso e obesidade, sendo que essa obesidade pode ser em cinco graus: grau I, II, III, IV e mórbida.
E, a partir de 60 anos (anciã/ancião), o cálculo é feito usando a mesma fórmula do adulto, mas a classificação é diferente. Por exemplo, um adulto que esteja com IMC de 26 está no sobrepeso, já o idoso está adequado com IMC até 27. Porque, devido a perda de massa magra que acontece no idoso, sua classificação é diferente.
Saiba mais sobre o IMC ou calcule o seu
aqui.
P. O que é anorexia e bulimia? O que podemos fazer para conviver com essas doenças?
R. Anorexio e bulimia são distúrbios alimentares que se contrapõem à obesidade, pois em ambas está presente o medo de engordar. No anorexia temos um comportamento de evitação. O anoréxico evita alimentar-se e quando o faz busca alimentos que tenham "baixa capacidade engordativa". Na bulimia temos episódios de alimentação compulsiva seguida de arrependimento por este procedimento e ações no sentido de compensar o seu excesso. (A forma de compensação divide os bulímicos, e anoréxicos, em tipos purgativo, que faz uso de vômitos provocados, laxantes, enemas, e não purgativo). É interessante que a condição de magreza é marca registrada nos anoréxicos enquanto que entre os bulímicos, além dos magros, encontramos pessoas numa faixa de peso ideal e até acima dessa faixa.
É comum os anoréxicos considerarem seu comportamento como positivo. (fruto de uma visão distorcida de sua imagem, enxergam gordura onde há magreza). Segundo estatísticas, o resultado para 10 a 20% dos anoréxicos é a morte como conseqüência do distúrbio (inanição, suicídio ou desequilíbrio eletrolítico são as ocorrências mais comuns).
É pouco conhecida a natureza desses dois distúrbios. Supõe-se ser multifatorial, envolvendo condições genéticos, biológicos e psicossociais. As estatísticas revelam que nos grandes centros, onde a imagem do corpo magro é cultuada e a constante disputa gera baixa auto-estima, a propagação é acentuada, ocorrendo numa proporção 9 a 10 indivíduos dos sexo feminino para cada 1 do sexo masculino que adquire o distúrbio.
É importante que os pais prestem mais atenção a seus filhos. O maior índice de instalação de distúrbios alimentares (e outros) está na adolescência. É fundamental observar indícios de comportamentos inadequados. Para que os pais não acabem transformando seus filhos em obesos por medo de uma anorexia, é importante uma observação técnica, ou seja, por profissional de nutrição. Magreza pode ser fruto do biotipo do indivíduo e, portanto, saudável. Magreza poderá ter como causa hábitos alimentares errados impostos pelos pais e não por intenção dos filhos. Os pais conscientes e presentes desconfiarão de uma magreza (ou não) seguida de comportamentos estranhos como ir ao banheiro imediatamente após comer (a não ser para a higiene bucal, um hábito saudável que deve ser estimulado), guardar comida no armário de roupas (deixar o prato largado no chão do quarto poderá ser apenas relaxamento, ainda que não seja um hábito adequado). Bom senso, presença estimulante, amor, conhecimento são benéficos a saúde e à vida dos filhos.
Os distúrbios são de difícil tratamento, principalmente na anorexia onde o indivíduo nega a existência de um distúrbio. O bulímico costuma mais envergonhar-se do que propriamente negá-lo, mas ele esconde sua existência. A internação, mesmo quando não há risco de vida (por muitas vezes há), pode ser necessária em alguns eventos. Por sua natureza multifatorial torna-se necessário o atendimento multiprofissional, são necessários o médico, o nutricionista e o psicólogo. Ainda assim, sem o auxílio do paciente, como diz o ditado, não há doutor que dê jeito!
P. Por que na minha família há pessoas muito magras e pessoas gordas?
R. Por motivos semelhantes aos que fazem com que outras características como altura, cor de olhos, de pele etc, sejam diferentes. A genética, em parte, explica isso. Em relação às combinações genéticas seria bom dar uma revisada nos tempos de colégio, nos célebres problemas de ratinhos cinzentos e marrons, das ervilhas e suas possibilidades de cruzamentos.
Uma outra questão que influi, mesmo no caso das alturas, é o estilo de vida. Uma reportagem, relativamente recente, na televisão mostrou esse acontecimento com famílias orientais. Tipicamente esbeltas em sua origem, no Brasil tiveram suas medidas aumentadas pelos novos hábitos alimentares.
Quando o seu parente mais magro senta à mesa com você ele põe no prato exatamente a mesma quantidade de alimentos que você põe no seu? E qualidade é a mesma? Muitas vezes a qualidade é mais importante do que a quantidade (não levarmos isso em consideração pode nos levar a avaliações totalmente enganosas)! E as refeições que vocês não fazem juntos, são iguais? Eles praticam o mesmo ócio que você? As mesmas caminhadas, nadadas, dançadas? As mesmas relações sexuais? Você sabia que este último esporte é um alto consumidor de calorias (principalmente se não se usa um bombonzinho antes e um depois)?
P. Por que eu como pouco e engordo?
R. O que você considera pouco? Uma maçã, um bombom, uma empadinha? Em volume e peso a maçã ganha. Em termos de "teor engordativo" os outros dois ganham disparados. É muito comum a pessoas sem conhecimentos de nutrição cometer um engano do "pequeno não engorda".
Pessoas com excesso de peso costumam ter mais da gordura branca do que da marrom. Para se alterar essa condição é necessário estimular o acréscimo de gordura marrom.
É possível que seu metabolismo, e isso é uma característica sua, queime pouco suas reservas. Isso só mudará quando você mudar seu estilo de vida. São necessárias ações para melhorar seu metabolismo.
Resumidamente, existem vários fatores que podem levar uma pessoa a engordar. A resposta correta para cada caso depende de uma avaliação que poderá, eventualmente, envolver vários profissionais. Começando pelo endocrinologista, passando pelo nutricionista e chegando ao psicólogo. É reduzido o número de pessoas, percentualmente falando, que aumentam de peso por questões glandulares, mas, mesmo assim, é o endocrinologista que deve ser procurado em primeiro lugar. Detectado o porquê vem a segunda fase. AGIR para reduzir o peso. Aí. além dos profissionais, uma outra pessoa entra em campo: você. Não dá para deixar o seu corpo com esses profissionais e voltar depois para pegá-lo mais magro. Se você achar que aí a coisa pega, talvez o psicólogo possa ajudar você, mas algumas perguntas precisam ser respondidas.
O que você ganha (ou perde) reduzindo seu peso? O que você faria se você se descobrisse com diabetes (ao se ganhar peso é comum ficar-se diabético)? Continuaria a comer açúcar refinado ou iria suprimi-lo? Se adquirisse hipertensão (comum nos obesos) manteria seu consumo de sal de cozinha refinado ou iria reduzi-lo?
O que tem feito o ser humano se distribuir por toda a superfície da Terra, apesar de sua fragilidade em relação aos outros animais, é sua capacidade adaptativa, ou seja, encontrando uma dificuldade ele busca (e aplica) soluções para minimizá-las e sobreviver. Mudar o estilo de vida é uma das soluções, o que significa mudar vários comportamentos e hábitos.