Eu acho curioso como a humanidade cria e alimenta suas angústias.
Talvez com pena de si mesmo, cada habitante planetário projeta seus próprios sofreres em outros terráqueos tirando-se do foco de seu sofrimento. Martelar o dedo talvez não seja uma solução para a dor-de-cabeça, mas certamente desvia seu foco e, muito doidamente, é um alívio para a dor fundamental. É uma teoria, não uma verdade absoluta, mesmo porque ela mesmo, a verdade, é uma ilusão que a humanidade faz questão de promover... para que os outros a sigam.
O que o povo gosta mesmo é da mentira. Papai Noel que dá presente aos bonzinhos, guarda que prende os mal-comportados, bicho que morde quem desobedece e por aí vai.
Medo e poder estão em jogo. Medo do desconhecido, da insignificância diante do mundo (da relativa insignificância), mas como todo mundo gosta de mentira e de absoluto dá um meeeedo... e aí entra o poder para contrabalançar). É um jogo onde cada qual escolhe seu lugar e alimenta suas escolhas.
Vamos parar por aqui, pois o novelo é grande e eu tenho que fazer o jantar e arrumar a mala porque amanhã viajo.
Mais uma vez não conseguimos conversar, trocar ideias pessoalmente. A nossa amiga chegou primeiro ao restaurante(rs). Acho que se eu conseguir ir mais vezes a sua cidade a gente aproveite o tempo do almoço. Enquanto isso vamos pela Internet aos goles (e soluços?).