Quando duas pessoas vão em busca de um possível encontro, estão cobertas de expectativas. Ambas chegam com suas histórias individuais de vida (modelo de família, experiências, registros formados, valores e convicções), responsáveis pela escolha de determinada pessoa e não de outra. São as motivações internas, conscientes e inconscientes, que também vão ter papel preponderante nas relações e suas consequências.
Muitas vezes as pessoas idealizam o seu par e correm o risco de se iludirem acreditando que o encontraram, projetando o seu ideal no outro. Se a relação for baseada em percepções distorcidas a tendência será, futuramente, crises e desencontros. Portanto, a percepção correta do que o(a) outro(a) é capaz de ser, sem expectativas irreais, ou seja, perceber quando esperar do outro(a), o que ele(a) na verdade pode corresponder, é uma das condições principais para a construção de vínculos afetivos saudáveis.
Que esse encontro não tenha a pretensão de preencher o vazio existencial, que não tenha a responsabilidade de transformar dois seres em um, mas, cada um recuperando sua própria individualidade possa descobrir-se um ser inteiro. Derrubando barreiras e se expondo em novas experiências. Ser humano, integralmente, envolve mudança e crescimento, aprendendo e se permitindo falhar.
Construindo e desconstruindo elos afetivos, cada pessoa tem a chance de aprender que o ideal de relação não é o encontro de seres perfeitos, mas, a aceitação da imperfeição e admiração das qualidades.
Que possam aprimorar a comunicação para cuidar melhor da relação. A comunicação clara onde ambos se expressam e ambos se escutam, tornando a relação mais segura e confiável, permitindo construir “acordos de bom convívio” que transformam impasses e conflitos em possibilidades para criar soluções satisfatórias para todos. E que seja uma relação espontânea e prazerosa.