Papo sem fim - Consciência

A palavra CONSCIÊNCIA (com + ciência) pode nos sugerir conhecimento, saber. Para a Psicologia, mais do que aquilo que é sabido, explícito, é importante o que está oculto pelos intrincados mecanismos da mente. A consciência é só a porta de entrada para esconderijos mil.

Há um outro significado para essa palavra onde o conhecimento é de pouco valor, o que importa mesmo é o que se faz com o conhecimento.

Um exemplo. Médicos sabem que o fumo faz mal à saúde. Muitos fumam. De que vale seu conhecimento, seus seis anos de estudo e outros após sua formação? Se desejam suicidar-se, ainda que fiquemos condoídos e até nos sintamos na obrigação de impedi-lo, esse é um direito que lhes cabe. Privação de sentidos é uma justificativa dada como válida para a nossa ação, mas...

Se decidir sobre a própria vida envolve muito filosofar e chegar a uma conclusão é difícil, retirar a vida de outra pessoa já não exige tanto. Para o assassinato a opinião só não é unânime, pois há que se considerar os votos dos assassinos, dos psicopatas ou dos privados dos sentidos. Como não poderia deixar de ser, ainda o voto em relação à da defesa da vida.

Concorda? Pois, por total falta de CONSCIÊNCIA, os médicos fumantes (e os não médicos também) são RSPONSÁVEIS pelo assassinato de inúmeras vítimas do fumar passivo.

Você fuma? Nada contra você se entocar em algum canto de portas fechadas e inserir em seu pulmão e corrente sanguínea mais de 40.000 agentes nocivos. Ou seriam 20.000? Mais um pouco ou menos um pouco é o que diz mensagem obrigatória do Ministério da Saúde afixada em locais de venda de cigarros. Não sou dado aos moralismos e concordo com você é todo direito seu. Agora, apunhalar-me pela frente...

CONSCIÊNCIA, no significado que refere ir alem do saber, é o que falta à Humanidade para encontrar o caminho do respeito (aos outros e a si mesmo), da paz, da felicidade universal.

Ah, que saudades dos tempos do bar do Careca. Muita música, muitos papos sem fim. “Numa noite clara, clara e vazia, quase madrugada, na beira da noite, na beira do dia...”. Obrigado José Jorge, obrigado Ruy.

Muitos risos também...