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Outro dia um amigo meu também amante das estrelas estava aqui no Sítio e queria descobrir alguma coisa interessante que ele ainda não sabia. Eu pensei, pensei e disse: -"Por que você não aproveita esse tempo bom e seco das noites de inverno e passa a noite observando o andamento do Escorpião"?
Meu amigo não passou a noite inteira no deck observando as estrelas, mas no outro dia me afirmou que acordara de três a quatro vezes e se levantara para olhar a quantas o Escorpião tinha caminhado.... E ficara surpreso ao ver que todo o céu – a Via Láctea – tinha se virado, tinha dado uma meia-volta, tinha realizado parte do seu revirão!
Então, esse é o meu conselho para você, Caminhante das Estrelas: agora em Julho e em Agosto, bem como em Setembro, observe o andamento do Escorpião em sua trajetória noturna tão gratificante e nada amendrotadora!
Observe bem a cauda do Escorpião, a zona limítrofe entre essa constelação e a constelação de Sagitário: primeiramente você verá uns poucos chumaços de estrelas – são os chamados Objetos M 6 e M 7 (M de Charles Messier, o astrônomo que realizou a famosa Lista Messier onde relacionou mais de 100 chumaços de estrelas, aglomerados, etc.... para diferenciá-los dos possíveis cometas a serem observados).
Nesta região do céu, naquela direção e além daquela poeira de estrelas e vários vazios de negrume intenso, encontra-se o chamado Centro de nossa Galáxia, a Via Láctea. E como tudo no universo realiza um movimento de rotação em torno de si mesmo e em torno de algum outro objeto magnetizador, também nossa Via Láctea realiza esse movimento.
Obviamente que aquilo que vemos e acompanhamos como o Revirão da Via Láctea durante a passagem noturno do Escorpião aliado ao Sagitário é um movimento aparente – pois que, na realidade, esse aparente movimento se dá em função do movimento de rotação da nossa Terra, nosso tão querido Planeta.
Vale a pena acompanhar o caminhar do Escorpião no Céu trazendo em sua cauda o Revirão da Via Láctea. Essa emoção não pode ser descrita, apenas vista com seus próprios olhos e sentida por você mesmo/a! Em noites escuras e transparentes, no inverno, podemos acompanhar o chumaço de algodão formador da Via Láctea desde bem antes do Cruzeiro do Sul e ainda para além de Altair, chegando até aos pés de Deneb!