Enquanto uns reclamam da vida, outros fazem por si e por mais alguém. É o caso de algumas poderosas mulheres, Mães, naturalmente.
A primeira delas tem uma filhota, uma garotona, com quem discute sempre a relação e as coisas do mundo.
A uma certa altura, de bem com a vida, resolveu estender suas qualificações maternais, espartanas, para criar possibilidades para outras pessoas cuja regra é que sejam qualificadas como deficientes: deficientes visuais.
Se não enxergam, ouvem e, como tal, podem desfrutar desse mundo maravilhoso que são os livros. Eis aí a transformação do negativo em positivo: dificuldade mais criatividade igual a facilidade. Se a gravação em braile é difícil, demorada ou cara, gravar uma fita k-7 (ou CD) com a leitura de um livro é mais fácil, rápido e barato. Foi assim que Ana Lúcia, ou melhor, Analu Palma, fazendo por outros, criando em cima de dificuldades, fez também por si, dando-se dignidade e humanidade.
O que você está esperando? "Mire-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas, que tecem por seus maridos, orgulho e raça de Atenas", mas siga o exemplo dessa espartana que cria, que ao encontrar portas fechadas arremete-se com sua poderosa cabeça ariana para abri-las e escancará-las à vida e à alegria.
Seja doce (nos momentos de doçura) como essa espartana e não dócil como aquelas mulheres sofredoras de Atenas! Crie soluções para você, para os outros ou siga o caminho aberto por Analu Palma: adquira o ´Livro Falado´, que ensina como elaborar livros falados, ou mande fitas k-7 para a Analu: (21)2568-5350 .
A outra mãe, Maria do Carmo Gonzalez, a Nena, também partiu para resolver dificuldades. Particularmente a de seu filho, genericamente a de outros filhos.
Associou-se a uma fisioterapeuta, Sheyla Mattos, com o objetivo de criar possibilidades para que pessoas com deficiência por lesão medular pudessem tornar-se responsáveis por si próprias. Uma forma de viabilizar isso é possibilitar que essas pessoas ocupem lugar no mercado de trabalho.
Para que pudessem alcançar a abrangência de hoje criaram uma entidade que, no entanto, carece de um espaço físico. Tanto o atendimento terapêutico como todos os outros são realizados em domicílio, por falta desse espaço.
O Espaço Novo Ser hoje funcionando em regime de voluntariado, congrega em torno de cinqüenta pessoas das quais dez por cento são, elas mesmas, deficientes. Deficientes, mas eficientes. Eficientes como a Nena e a Sheyla que não se assustaram com as dificuldades, e, por isso, foram capazes de uma ação criadora e transformadora.
Você, como se sente, como se faz? Deficiente? Eficiente? A Nena, a Sheyla e seus demais parceiros ainda têm vagas para voluntários, como você, que desejem fazer alguma coisa por si ou por outros. O telefone para contato é o (21) 3904-2614.