Muito nova, não totalmente coordenada ou adaptada às necessidades sociais, precisando de muito encorajamento e apoio dos progenitores, um novo tipo de Astrologia está nascendo. Ela vira ao avesso as teorias tradicionais expondo ora uma degenerada massa de contradições e de banalidades vazias, ora uma inspiradora essência de verdade universal. Cabe ao novo astrólogo arrancar pela raiz as imperfeições para penetrar num nível de compreensão que ilumine uma via de acesso inteiramente nova à Astrologia e ao próprio homem.
As incursões no campo da Psicologia da primeira metade do século XX, que a consciência da massa assimilou muito lentamente, influenciaram a Astrologia já na década de 30. Contudo, é recente o impulso que tornou grande o número de Astrólogos e de estudantes da Astrologia com o sentimento da necessidade de reestruturar e de dar novo rumo às tradições Astrológicas e ao propósito da própria Astrologia.
Apesar da morosidade, a consciência dos tempos mudou e os Astrólogos estão lentamente percebendo que a maioria dos métodos de interpretação e de prática, apropriado para as pessoas que viveram na década de 20, são irrelevantes para as pessoas que estão crescendo e vivendo nos dias de hoje.
O Astrólogo tradicional servia essencialmente como um adivinhador. Presumia-se que o mapa astral revelasse as circunstâncias, e quais eram, a serem encontradas na vida, no mundo exterior. Geralmente previsíveis e inalteráveis.
Muitas variáveis desconhecidas tornam o prognóstico do tempo difícil, ainda que, em muitos casos, apoiando-se na compreensão das variáveis conhecidas, ele possa ser predito. O ser humano é ainda menos previsível, pois possuindo raciocínio, vontade, independência ele é capaz de um número ilimitado de reações variáveis.
Os quatro elementos da Astrologia (fogo, terra, ar e água) são os blocos básicos de todas as estruturas materiais e orgânicas. Cada elemento representa um tipo básico de energia e consciência, operando em cada um de nós. Eles se entrelaçam e combinam para formar toda a matéria. Quando a centelha de vida deixa um corpo humano na ocasião da morte, os quatro elementos se dissociam e voltam ao seu estado primitivo. Somente a vida, manifestando-se num todo organizado e vivo, é que mantém unidos os quatro elementos. Todos eles estão nas pessoas, embora cada uma delas esteja, conscientemente, mais afinada com alguns tipos de energia do que as outras.
A física demonstrou que matéria é energia. Lembrando Lavoisier: “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.
Cada um dos quatro elementos se manifesta em três modalidades vibratórias: Cardeal, Fixa e Mutável. Quando combinadas aos quatro elementos, elas nos dão doze padrões primários de energia: os Signos Zodiacais. Estes têm sido chamados de “campos de energia”, de padrões arquetípicos, de princípios formativos universais etc. Todos eles são nomes para uma mesma realidade.
A verdadeira natureza dos padrões de energia, representados pelos Signos Zodiacais, é transcendente e não pode ser conhecida, mas sentida. Alguém poderia perguntar: O que é a “psique”? Ela não pode ser vista, entretanto, existe. Dia após dia experimentamos o impacto das forças psíquicas. A Psique é tão real quanto qualquer objeto material, mesmo que não possamos vê-la, tocá-la, cheirá-la ou prová-la.
Se aceitamos a realidade das forças psíquicas, certamente podemos aceitar a realidade dos construtores invisíveis de toda a vida material e psíquica. Esses construtores invisíveis são os padrões fundamentais de energia, ou os princípios formativos do universo. Os Astrólogos os chamam de Signos Zodiacais e estão principalmente preocupados em relação à maneira como se manifestam como tipos de personalidade nos seres humanos.
Uma forma de compreender os vários padrões de energia, representados pelos Signos Zodiacais, consiste em analisá-los em termos de suas modalidades. Os Signos cardeais representam a força centrífuga irradiante e estão relacionados com o princípio da ação numa direção definida.
Os signos cardeais “positivos”, Áries e Libra, estão relacionados com a ação no presente, baseada em considerações futuras. Os signos cardeais “negativos”, Câncer e Capricórnio, estão mais ligados com o passado. Veja, por exemplo, o amor de Câncer ao lar, às antigüidades e a preocupação de Capricórnio com a tradição e a história.
Os signos fixos representam a energia centrípeta, isto é, a energia que é irradiada para dentro, na direção de um centro. Nas suas manifestações mundanas, estes signos estão associados ao princípio da inércia mas, quando a energia é usada para atividades criativas ou para o desenvolvimento espiritual, eles também são conhecidos por seus grandes poderes de concentração e perseverança. Dessas três quadruplicidades, os signos fixos são os mais centralizados no aqui e agora. A ligação dos signos fixos com as doutrinas esotéricas do renascimento e do desenvolvimento espiritual provém da grande concentração de energia que há neles. Portanto, as pessoas nascidas com o Sol num signo fixo (Touro, Leão, Escorpião e Aquário) sentem intuitivamente, a profundidade e o poder do espírito doador de vida que há nelas; por isso, estes signos têm sido conhecidos como as “portas do avatar” e como símbolos chave das grandes iniciações da alma.
Os signos mutáveis estão relacionados com o princípio da harmonia e podem ser concebidos como padrões espiralados de energia. Peixes e Virgem simbolizam espirais de energia dirigidas para baixo. Assim, estes signos estão, de algum modo, ligados com o passado. Peixes com o carma passado e Virgem com as crises passadas, ocorridas no desenvolvimento da personalidade. Gêmeos e Sagitário simbolizam espirais de energia dirigidas para cima e estão orientados para o futuro, dando origem às tendências proféticas dos Sagitarianos e às intermináveis especulações dos Geminianos.
O Zodíaco foi e ainda é considerado a “Alma da Natureza”. A vida é sustentada neste ciclo de vibração e toda entidade individual está em contato com estas vibrações. Esses padrões de energia é o que chamamos de Signos Zodiacais.