Fim da Cultura?

Visitando a Biblioteca Nacional encontramos um panfleto perguntando-nos se queríamos continuar consultando o seu acervo. Será que pagar ou não pagar é a questão? Deixando para sua crítica e opinião, resolvemos transcrevê-lo abaixo. Não satisfeitos, porém, resolvemos acessar o Ministério da Cultura e lá encontramos uma página interessante que você também poderá ver através do veja também, ao final da transcrição. Gostaríamos de saber o que o Senhor Ministro ou, mais provavelmente, seus assessores teriam a dizer.



“Como conseqüência das políticas dos últimos governos, o Ministério da Cultura – MinC – hoje conta apenas com 0,27% do orçamento da União. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, Fundação Nacional de Artes – FUNARTE, Fundação Casa de Rui Barbosa, Fundação Palmares e Fundação Biblioteca Nacional, além da parte Administrativa do próprio Minc, possuem hoje menos da metade do contingente necessário de servidores para a execução da tarefa de preservação, promoção e difusão da Cultura Nacional. Essa ínfima força de trabalho representa apenas 0,38% de todos os servidores do Poder Executivo. Temos 48 anos de idade em média, e, em bem pouco tempo, sem concurso público, não haverá mais quadro funcional. Somos também a parcela que recebe os menores salários dentre os servidores civis da União. Alguns, inclusive, precisando receber complementação para chegar aos valores do salário mínimo.



Recomposição dos salários, implantação do Plano de Carreira para o Minc e abertura de concurso público são necessidade urgentes para que haja a imprescindível recuperação da estrutura pública de Cultura do Brasil. O Ministério e os servidores da Cultura estão discutindo e apresentando ao Governo Federal propostas efetivas nesse sentido.



Porém, se essas propostas não forem aceitas, certamente, em bem pouco tempo, a Cultura Pública do Brasil não existirá mais. E, junto com a Cultura Pública, a Biblioteca Nacional e o seu inestimável patrimônio – a memória nacional – estarão entregues aos ambiciosos do lucro fácil que cobram caro pelo que já é pago através dos impostos, e pouco se importam com a preservação do que é de todos os cidadãos, nem os de agora e muito menos os do futuro.



Entendemos que a Cultura, assim como a Saúde e a Educação, é responsabilidade de todos nós, servidores públicos ou não. Queremos que você tenha consciência disso.”

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