Minha Cara amiga, você me pergunta sobre a continuidade de meus estudos e, consequentemente, da leitura seu mapa. Aqui estou de volta.
Começo relembrando algo muito importante: o mapa natal pode ser entendido como um indicativo de dificuldades e facilidades para que você se aproveite dessas e trabalhe para superar aquelas.
Repassando pela distribuição dos elementos (Fogo, Terra, Água, Ar) em seu mapa note que, apesar de taurina e com Terra em demasia, seu maior excesso está no Ar.
A Terra é o prático, o conservador cujo lado negativo pode ser o excessivamente materialista e mesquinho. Já o Ar, mente aberta e idealista, quando negativo, pode ser pouco prático, o que contrasta diametralmente com sua essência taurina. O grande barato está em você ouvir adequadamente o que um e outro lhe dizem para você manter o equilíbrio entre essa duas naturezas. Use, pois, seu lado prático (Terra), objetivo (Ar) para definir e obter o melhor para você.
Não há nada pronto, por mais que pessoas busquem receber isso graciosamente dos céus. A vida, minha amiga, é um exercício constante. Você já ouviu falar do I Juca Pirama? Lá está escrito que “a vida é luta renhida” (prefiro exercício) “que aos fracos abate e aos fortes só faz exaltar”. Veja que o Touro é um animal robusto (desconhecerá ele sua força?)
Ruminar é necessário ao estômago e metabolismo bovino, mas não olhe apenas para suas derrotas, veja também suas conquistas. Você irá se espantar ao perceber que não são poucas. Permita-se a exaltação.
O excesso desses dois elementos acarreta a carência dos outros dois. A Água (sentimentos, emoções) nem tanto, mas o Fogo (espontaneidade, entusiasmo) quase ficou ausente. Faltou pouco, muito pouco. Qualquer soprinho praticamente o apaga, imagine se há um vento... É, essa é uma das suas dificuldades. Vai daí que é necessária muita atenção aqui, muito trabalho. Por outro lado, se o sopro pode apagar a chama é bom lembrar que o ar, por seu oxigênio, é necessário e facilita a combustão e, da mesma forma que pode apagar, pode propagar o fogo. Preste atenção!
Completando essa superficial análise sobre os elementos em seu mapa, podemos falar sobre ritmo (Cardeal, Fixo e Mutante). Em seu caso marcadamente Fixo, que indica obstinação, determinação ou, por seu lado negativo, teimosia e egoísmo. O que lhe sobra em ritmo Fixo falta em Mutável, ou seja, versatilidade, adaptabilidade.
Preste atenção que estamos no início do início. Há muito, muito mais o que falar e observar. Até mesmo sobre os elementos, mas essas informações já lhe servem para análises e discussões. Fico à sua disposição.
Cuidado com a interpretação dos termos:
Mutante: pode significar a mudança pela aceitação do novo, a renovação inerente à vida, mas pode ser, também, a instabilidade. Como no caso da fábula do cão que larga um osso entre os dentes para pegar aquele, maior, mas ilusório, refletido na superfície do lago.
Fixo: pode significar o aprisionamento, a imobilidade que a inexorabilidade da vida costuma demolir, mas pode ser, também, a base resistente e apropriada para a implantação do novo, da renovação (a essência da vida).