Quando o raciocínio traz dificuldades para o próprio ser pensante? Alguma pista já foi dada na edição passada, está nas premissas que ele escolhe, na permissão que ele dá a seus sentimentos para deturpar seu raciocínio.
Aqui é possível repetir um exemplo que já usei em inúmeras oportunidades. Um homem que se relacione com uma mulher pode pensar que esta relação é pecaminosa, culpar-se e martirizar-se com tal pensamento. Em especial se ele é um sacerdote da igreja católica. Ele não pode sequer almejar o casamento com essa mulher. No entanto, esse mesmo homem e essa mesma mulher poderão ter e realizar esse mesmo anseio. Basta que sejam judeus, por exemplo. Nesse caso até são muito bem vistos por sua comunidade, já que um rabino casado está muito mais apto a orientar casais do que um rabino solteiro.
Apenas por mera curiosidade, o suplício dos padres não nasceu com o catolicismo, mas foi introduzido mais tarde com o objetivo de proteger os bens materiais da igreja. Mudam-se premissas, cria-se prejuízo para o ser pensante. Deus, em que se agarram as igrejas para conferirem a si sua representação, não tem nada a haver com isso.
Através da observação que acabamos de ver, exemplifica-se como o raciocínio dos padres, em função dos dogmas atuais da igreja católica, tornam-no sofredor. Ele exemplifica, também, como o raciocínio pode causar mal a outros. Os causadores são os que, séculos atrás, introduziram as premissas de pecado na relação entre um sacerdote e uma mulher. Quantos têm sofrido por essa escolha. Só pra lembrar: Deus não tem nada com isso. Como não tem com a inquisição e tantas guerras ditas (que pecado!) santas.