O trabalho de Controle Mental feito com crianças e adolescentes visa, antes de qualquer coisa, desenvolver a autoconfiança, a autovalorização, tornado-os conscientes do seu próprio valor e oferecendo-lhes recursos para desenvolver as infinitas possibilidades que possui. É o caminho do bom senso e do respeito pelo ser. Os efeitos dessa conscientização passam a ser visíveis no dia a dia da criança e isso inclui um desempenho muito mais satisfatório com relação à aprendizagem.
Seria muito bom que todos os professores pudessem contar com mais esse recurso. Na freqüência cerebral correta, a assimilação torna-se mais fácil, a imaginação e a criatividade da criança recebem um estímulo tal que o aprendizado torna-se uma tarefa extremamente agradável tanto para os alunos como para os professores.
Aprender é tudo o que a criança faz desde que nasce, naturalmente, espontaneamente. A criança aprende experimentando o mundo através de todos os seus sentidos. Daí a necessidade de tocar, cheirar, de morder. A criança sente aquilo que está aprendendo como parte de si, de seu mundo, do seu agora.
Quando a criança entra para a escola, esse processo deixa de ser espontâneo, ou seja, os conteúdos são impostos e, na maioria das vezes, sem nenhuma motivação ou relação com o mundo dela. Ao final de tudo ainda existe uma prova em que precisa mostrar que é inteligente e capaz, tirando uma boa nota. Se não tiver o desempenho que todos esperam, passa a ser considerada ou até rotulada com pouco inteligente incapaz.
Em Controle Mental, afirmamos que se é exatamente aquilo que se acredita que se é.
Há, ainda, a cobrança feita pelos pais condicionando o referido desempenho. O pior é que depois da entrada para a escola, considera-se que ela só aprende ali, desconsiderando-se que a aprendizagem é a própria vida.
O sistema educacional apresenta-se deficitário para satisfazer as necessidades básicas dos alunos. Não se leva em conta o quanto essa estrutura pode gerar ou agravar problemas emocionais e bloqueios à aprendizagem. É uma realidade que, enquanto não muda, necessita que se usem recursos para, pelo menos, atenuar seus efeitos.
O Controle Mental minimiza os efeitos negativos da relação ensino-aprendizagem, não só no que se refere à escola, mas à família e a tudo que cercar a criança, desenvolvendo, antes de mais nada, sua auto-estima, fazendo com que ela reviva momentos ou situações em que se sobressai, valorizando essas situações, criando referências positivas.
Com relação à prova é preciso que a criança a compreenda como uma forma de mostrar a si mesmo como está, retirando o enfoque de que é um resultado em que ela precisa mostrar ou agradar os outros. Ela não é o resultado da prova. E, neste ponto, entra a conscientização dos pais, justificando o porquê da necessidade de conhecerem o trabalho. O resultado da prova não deve ser o motivo da afeição ou da aceitação dos filhos, nem usado como instrumento de manipulação. A criança precisa sentir que é amada pelo que é e não pelo resultado da escola.
Com relação à dificuldade de aprendizagem, tem-se verificado que, poucas vezes, está ligada a uma dificuldade da criança e, muito mais, a uma deficiência do processo de ensino. Um exemplo disso é a pesquisa de neurolinguistas. Segundo eles, nossa informação é efetuada através de canais sensoriais, chegando até nós de forma auditiva, visual e cinestésica. Em cada pessoa uma dessas condições é dominante. Numa aula tradicional expositiva um aluno cinestésico não assimilará tão facilmente como um auditivo e, a partir daí, será considerado pouco capaz para o aprendizado.
Controle Mental utiliza também a visualização criativa, estimulando as imagens de sucesso, de realização, promovendo gravações positivas. “Para que uma gravação se efetue não é necessário que o evento se dê a nível físico, é necessário que se acredite nela. Tudo aquilo em que acreditamos é real para nós”.
O uso adequado da respiração e de técnicas adequadas de relaxamento para assistir aulas consideradas difíceis e para fazer provas tem sido de grande ajuda. Outro exemplo é o vestibular, o grande terror dos estudantes. Por trás de toda dificuldade que o exame apresenta, pode-se perceber um processo de hipervalorização, o que o torna propício às especulações, pois o preço dos cursinhos é qualquer coisa que pode se chamar de absurda. Nem todos podem pagar o curso e os estudantes começam a não acreditar em si mesmos porque não fizeram os cursos. Os que podem fazer o curso sentem o peso da responsabilidade porque os pais pagaram muito caro e ficam estressados ao extremo: “não podem ser reprovados!” Os jornais anunciam “cem candidatos para uma vaga” e por aí vai. O efeito psicológico é catastrófico.
Percebemos que as crianças que aprenderam a usar a visualização criativa e cuja auto-estima vem sendo trabalhada desde a infância enfrentam de modo mais fácil estas barreiras.